quinta-feira, 29 de novembro de 2012

PARA SEMPRE BRASUS !






Agradecemos a todos principalmente as nossas famílias, a administração, escola e professores.
           Foi com muito esforço que conseguimos chegar ate aqui. O Brasus mudou a nossa forma de pensar e agir e esperamos que isso também tenha acontecido com muitos.
          Chegamos ao fim de mais um ano e dessa vez estamos finalizando o Brasus, foi muito bom trabalhar todo esse tempo visando a sustentabilidade. Mas chegou a hora de cada um de nós seguir o nosso próprio caminho e ir em busca dos nossos sonhos.
        O Brasus vai ficar para sempre dentro de cada um de nós!


 Aline, Débora, Marislâine, Tayane, Suélly, Railson, Higor, Samara, João Pedro, Stefanni, Pedro, Paloma, Janyce, Jessica T, Tainara




    





terça-feira, 27 de novembro de 2012

Um futuro para o Cerrado


Michael Becker, superintendente de Conservação do WWF-Brasil *


Principal fronteira onde avança a agropecuária desde os anos 1960, o Cerrado tem poucas chances de seguir existindo nas próximas décadas sem ações emergenciais que ampliem sua área protegida e que levem à adoção em larga escala de práticas produtivas menos danosas ao meio ambiente. 

Consolidar as áreas já protegidas é fundamental, inclusive porque menos de 3% do Cerrado estão hoje efetivamente resguardados pelo poder público. A última unidade de conservação federal criada na região foi a Reserva Extrativista da Chapada Limpa (MA), em 2007. Novas metas internacionais chanceladas pelo Brasil recomendam a conservação de pelo menos 17% de cada bioma, até 2020.

Enquanto isso, projeções mostram que a área plantada com soja pode saltar de 21 para 30 milhões de hectares na próxima década, sempre com foco nas “terras baratas” do Cerrado. E o alvo pode ser justamente os maiores remanescentes da savana brasileira, no Maranhão, Piauí e Tocantins. Além disso, a demanda interna e global por carnes cresce junto com as necessárias melhorias socioeconômicas.

Como soja e pecuária são os principais motores da destruição do Cerrado, respeitar a legislação e melhorar a eficiência da produção são atitudes indispensáveis. A integração de lavouras, pecuária e florestas plantadas, por exemplo, ajudaria a evitar a abertura e novas áreas e seria um sinal de que o país realmente quer fornecer itens produzidos com mais sustentabilidade aos mercados globalizados de commodities. 

Afinal, se antecipar a possíveis barreiras comerciais é sempre estratégico. Inclusive porque mais de 40% dos grãos, metade do farelo e um terço do óleo de soja produzidos no Brasil são exportados. Sete em cada dez países do mundo já compraram esses itens na última década.

Estimativas oficiais apontam que até 140 milhões de hectares degradados no país, principalmente no Cerrado e na transição deste para a Amazônia. 

A área é duas vezes maior que a da França. Na maioria dos casos, são terras que foram desmatadas para lavouras e acabaram abandonadas pela baixa produtividade. Em seguida, viraram pastos para rebanhos até o solo se tornar imprestável economicamente pela falta de manejo adequado.

Tornar essa imensidão de terras novamente produtivas ajudaria no combate ao aquecimento do planeta, aliviaria a pressão para o desmatamento de florestas nativas e serviria à produção de commodities e alimentos.

Outra preocupação recai sobre as mudanças na legislação florestal brasileira. A destruição do Cerrado já pesa tanto quanto a da Amazônia nas emissões nacionais de gases de efeito estufa. E o bioma pode ser um dos maiores prejudicados com as mudanças que setores atrasados do ruralismo tentam impor ao Código Florestal, como admitiu o Ministério do Meio Ambiente. 

Se a margem para desmatamento for ampliada, a caixa d´água do país ficará seriamente comprometida. No Cerrado nascem águas que abastecem aqüíferos subterrâneos e as bacias hidrográficas Amazônica, do Tocantins, do Atlântico Norte/Nordeste, do São Francisco, do Atlântico Leste e do Paraná/Paraguai. Dessa última depende a sobrevivência do Pantanal, a maior planície inundável do planeta.

Além de insumo econômico, a água que escorre por rios, córregos e veredas de beleza incomum alimenta culturas regionais muitas vezes fundadas no extrativismo sustentável, uma atividade que perpetua e valoriza a vegetação e outros recursos nativos pelas mãos de valorosos e inúmeros povos tradicionais do Cerrado.

Os índices atuais de degradação e planos desenvolvimentistas carentes de sustentabilidade ambiental projetam um futuro nada animador para um bioma que já perdeu metade da vegetação nativa, ainda não é reconhecido como patrimônio nacional pela Constituição e que sofre desnecessariamente com incêndios e queimadas cada vez mais intensos. 

Mas com majestosa resistência, o Cerrado ainda segue encantando quem se atreve a conhecer esse abrigo de vida e de paisagens únicas no mundo. Manter esse patrimônio inigualável é o desafio que se impõe ao Brasil.
Fonte: http://www.wwf.org.br/informacoes/noticias_meio_ambiente_e_natureza/?32542/Um-futuro-para-o-Cerrado

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Destinação dos materiais

Todo  tnt e outros materiais que foram utilizados para a ornamentação da sala na amostra de ciência foi doado para o 7°ano B do colégio Impacto para a III Expo-impacto.








domingo, 25 de novembro de 2012

Você sabe o que é esclavagismo?

Esclavagismo é um tipo de relação ecológica entre seres vivos onde um ser vivo se aproveita das atividades, do trabalho ou de produtos produzidos por outros seres vivos.
 
Veja um exemplo: As formigas cuidam e protegem os pulgões para obter o açúcar deles.

Os pulgões são pequenos insetos parasitas de plantas que passam a maior parte do tempo parados, sugando a seiva açucarada que circula pelos vasos liberianos das plantas. A seiva elaborada pelas plantas possui uma pequena quantidade de aminoácidos mas uma grande quantidade do açúcar glicose, assim para obter a quantidade de aminoácidos que necessitam para formar as suas próprias proteínas, os pulgões precisam sugar uma quantidade exagerada de seiva açucarada de forma que esse excesso de açúcar ingerido precisa ser excretado. As formigas lambem todo esse açúcar que fica saindo constantemente do abdome dos pulgões e assim os mantendo sempre limpos e protegidos. As formigas protegem os pulgões de eventuais predadores como por exemplo as joaninhas que são predadores que gostam de caçar e comer os pulgões. Por outro lado o açúcar é um importante alimento para as formigas então elas se associam a esses pulgões produtores de açúcar escravizando-os. As formigas inclusive tratam e protegem os filhotes dos pulgões, cuidam deles, levam eles de um lado para outro para protegê-los em locais mais seguros nos caules das plantas levando-os inclusive para dentro do próprio formigueiro delas onde os instalam junto a raízes de plantas vivas e esses pulgões passam a sugar essas raízes fornecendo açúcar para as formigas até mesmo debaixo da terra, dentro dos formigueiros delas. O esclavagismo consiste numa relação onde o esclavagista sempre cuida e protege os seres que foram por ele escravizados e nesse exemplo embora exista proto-cooperação a relação é considerada desarmônica devido a dependência que os pulgões passaram a ter das formigas. Na proto-cooperação um sócio não depende do outro para sobreviver, mas nesse caso se as formigas abandonassem os pulgões eles não conseguiriam se defender das joaninhas, seriam todos eles devorados e a espécie deles seria extinta.

Fonte:http://faunadocerrado.blogspot.com.br/

quinta-feira, 22 de novembro de 2012


O nosso Cerrado Pede Socorro E os nossos animais se agonizam sem saber o que fazer


  
Uma projeção da ONG Conservação Internacional, que se tornou unânime entre pesquisadores do assunto, aponta que o Cerrado brasileiro pode desaparecer até o ano de 2030, salvo menos de 3% da região que é área de preservação. Todo dia, cerca de mil caminhões cheios de carvão feito do Cerrado saem do centro do Brasil para indústrias em todo o país. Um sem número deles circula pelas rodovias, carregados do que sobrou de árvores como o Jatobá, a Sucupira e a Aroeira, preferidas tanto pelas madeireiras quanto pelos fornos ilegais. Há indústrias que só compram carvão de Ipê. Perfeitas pela espessura, dureza e formato, as árvores do Cerrado custam pouco para as indústrias, que não pagam por elas. Uma área se esgota, outra é aberta sucessivamente.

O carvão também é econômico porque contém sílica, que queima mais devagar, e a mão-de-obra é quase escrava. As condições de trabalho nas atividades carvoeiras são classificadas como "semi-escravas", "penosas", "precárias" e "brutais". Peso excessivo, queimaduras, doenças pulmonares crônicas. Fuligem e calor de até 70 graus. A lenha do Cerrado ainda é uma matriz energética no semi-árido. Famílias inteiras de carvoeiros pulverizadas pelo país. Avós, pais, filhos carvoeiros. Nessas regiões de fornos espalhadas por onde sobrou de Cerrado brasileiro, não se conhece outro jeito de viver. Ali a exploração do trabalho infantil é planejamento de vida. O ofício é passado de pai para filho. A sina do carvão no Brasil é herança, percebe? Quase uma instituição. No Cerrado brasileiro é a vida que se esgota a cada dia, por todos os lados.

Não há planos para a exploração sustentável do Cerrado brasileiro. Só avanço indiscriminado. Diferente da Amazônia, Mata Atlântica e Pantanal, o Cerrado estranhamente não recebeu da Constituição Federal o status de “Patrimônio Nacional”, assim como a Caatinga. A preservação dos sertões não faz parte da nossa cultura. Proteger o Cerrado não deve estar mesmo nos planos do governo. Uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) tenta corrigir o erro de 1988, mas a matéria está perdida há oito anos, tramitando na Câmara dos Deputados sem previsão de ser apreciada. Para este ano não dá mais. Nem para o próximo. É um lobby da pesada.

A cultura agropecuária sempre ensinou que o Cerrado é terra disponível, que não vale nada. E em algum momento da história isso se tornou verdade: virgem, o Cerrado vale seis vezes menos do que em campo limpo. É seis vezes mais negócio comprar o Cerrado em pé e depois derrubá-lo. Afinal, é lá que pasta a carne e o deita o grão do Brasil. Só para a soja, o Cerrado perde o equivalente à cidade de São Paulo por mês. Juntos, os pecuaristas e os produtores respondem pelo desaparecimento de 80% do território original do Cerrado. E seguem a toda velocidade rumo ao esgotamento do bioma contemporâneo da megafauna. O que resta são áreas preservadas — 2,2%, e cercadas em pequenas e médias propriedades, que impedem o trânsito dos animais e a dinâmica do Cerrado.

As poucas 195 espécies de mamíferos conhecidos ficam isoladas, como o Muro de Berlim. Não há reprodução. Quase todas estão em extinção. Por isso é tão difícil salvar as espécies conhecidas: até hoje, foram registradas apenas 10.000 variedades de plantas, 800 de aves e os mamíferos de médio e grande porte do Cerrado. E não é apenas fauna e flora que estão ameaçadas. Em três ordens de insetos, lepidoptera (borboletas, mariposas etc.), hymenoptera (abelhas, vespas etc.) e isoptera (formigas, cupins etc.), o número de espécies estimado é de 14.425, o que representa 47% da entomofauna do Brasil. Além disso, o grau de endemismo no Cerrado é significativo, mais de 40% das espécies lenhosas e metade das espécies de abelhas de todo o mundo só existem no Cerrado.

Não há uma profusão de dados, salvo algumas dimensões geográficas e contagem das espécies conhecidas. E isso é muito pouco. São vários tipos de Cerrado num só bioma. Quatro paisagens diferentes. Cada um com um ecossistema. A maioria das informações sobre a fauna e a flora se restringem a estudos realizados no Distrito Federal e na Serra do Cipó, Minas Gerais. O pouco que se sabe é fruto do empenho isolado de pesquisadores e don quixotes, gente séria e dedicada. Gente que cataloga sem parar dados de toda origem sem receber nada por isso. Até uma molécula, ainda nova para a ciência, foi isolada por uma professora da Universidade de Brasília.

Sabe-se, por exemplo, que do Cerrado podem sair bons remédios. Estudos de botânica na UnB revelaram que difícil é alguma espécie vegetal não ter valor medicinal. Mais fácil seria separar as que não têm propriedade nenhuma. Se não cura, é alimento. Quem conhece, não passa fome neste tipo de sertão. A sabedoria popular da farmácia do Cerrado, ainda misteriosa, é riquíssima. O extrato herbáceo pequeno, aquele matinho baixo e ressecado que é o primeiro a ser derrubado, cura até câncer. Há registros de cura de doenças graves a partir do princípio ativo das raízes, flores, folhas, seivas e venenos do Cerrado. Uma empresa suíça patenteou o princípio ativo do veneno da jararaca, que é a última palavra para o controle e cura da hipertensão.

Só um grama in natura vale, no mercado internacional, 450 dólares. As indústrias estão de olho no potencial cosmético e medicinal da vegetação do Cerrado. Todas as espécies — as que conhecemos e as de que ainda não temos notícia — são roubadas do habitat do Cerrado sem cerimônia. Os traficantes não poupam esforços para satisfazer um mercado movido principalmente por donos de passarinhos e colecionadores de animais exóticos. A ONG Renctas encontrou uma espécie de macaco do Cerrado, ainda vivo, com os braços e pernas fraturados, dentro de uma garrafa térmica, em um ônibus perto de Brasília. Fotos de fiscais mostram um tamanduá sem as patas da frente. Perdeu tentando sair de um pequeno toco fechado com pregos. E ali, nas viagens por terra, ficam dias e dias, até o destino final. Para cada animal silvestre comprado em uma feira, dez precisam morrer no trajeto. Se não chegam vivos, valem um souvenir. Animais empalhados, insetos em acrílico de chaveiro ou câmbio de caminhão e borboletas raras num prato cafona. As peles de felinos, como a onça ou a suçuarana, são vendidas em paradas ou postos de gasolina por todo o país. As estradas também estão cheias de traficantes oferecendo animais amarrados, ensacados, filhotes ou não, que não comem desde que foram capturados no Cerrado.

E para quem sente tanta aridez, não pode imaginar a quantidade de água que essa região produz. Cachoeiras, Águas Emendadas. Manancial. O Cerrado tem quase 2 milhões de km2, de um Brasil de oito e meio, e que em corte, é como uma pirâmide decepada. No topo, está a água. É dele que depende o abastecimento do país, na sua origem. As nascentes do Cerrado, incansáveis, produzem uma quantidade de água que mantém as três bacias mais importantes, logo abaixo. Grande parte da capacidade das bacias do Prata, do São Francisco e da própria Amazônia conta com a água que desce do Cerrado para manter os níveis normais. Ocupações, represas e assoreamento. Avanço.