quinta-feira, 26 de julho de 2012

Passeio pedagógico ao Parque Nacional de Brasilia


O grupo BraSus nesta quarta-feira 11 de julho foi Ao Parque ecológico da água mineral a fim de desenvolver um passeio pedagógico para conhecer os ecosistemas do nosso cerrado e matas ciliares. O passeio contou com a participação de todos componentes do grupo e do professor orientador do Projeto Minoru Uchigasaki. A visita contou com trilhas na floresta do Parque ,Banhos em corregos e nas piscinas correntes e também uma visita no Museo do Parque onde vimos exposições de projetos de reciclagem, fotos,maquetes a fauna e flora no predio desenvolvido por Oscar Niemeyer.






 
Por: João Pedro

segunda-feira, 23 de julho de 2012

País inicia a produção de animais transgênicos

 

O laboratório do médico José Xavier Neto está cheio de roedores. Cerca de 2 mil camundongos, acomodados em modernas "gaiolas" de plástico transparente, do tamanho de uma caixa de sapatos, com entrada e saída de ar individuais. Por fora, parecem todos iguais. Limpinhos, impecáveis e ativos, correndo de um lado para outro como personagens curiosos de um desenho animado. Por dentro, porém, há diferenças essenciais entre eles. São animais transgênicos, que tiveram um ou mais de seus genes modificados antes de nascer. Inaugurado em setembro de 2010, como parte do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais, em Campinas, o Laboratório de Modificação do Genoma (LMG) - que Xavier coordena - foi criado para prestar um serviço essencial à ciência brasileira: a produção de modelos animais geneticamente modificados. Uma ferramenta básica para o avanço das pesquisas médicas e biológicas de diversas áreas, mas historicamente muito pouco usada no Brasil.
"Estamos falando de uma tecnologia que existe desde 1981", ressalta Xavier, referindo-se ao ano em que foram produzidos os primeiros camundongos transgênicos no mundo. Desde então, o genoma do camundongo já foi completamente sequenciado e praticamente todos os seus genes - 95% dos quais são iguais aos do homem - já foram modificados de uma forma ou de outra para a investigação de processos biológicos básicos e aplicados a doenças humanas.
Só o Laboratório Jackson, um dos maiores fornecedores de camundongos transgênicos do mundo, nos EUA, tem um catálogo com mais de 6 mil variedades e vendeu, só no ano passado, mais de 3 milhões de animais para pesquisadores de 56 países.
No Brasil, porém, a "moda" não pegou. O primeiro camundongo transgênico do País só foi produzido em 2000, na Universidade de São Paulo (USP), e mesmo depois disso nunca se estabeleceu um serviço de produção de linhagens capaz de abastecer a ciência nacional. O jeito é importar linhagens prontas (solução cara e burocrática), desenvolver linhagens próprias (inviável para a maioria dos laboratórios) ou se limitar a fazer pesquisas in vitro (solução mais simples, porém de menor impacto científico). "Definitivamente perdemos o bonde dessa tecnologia", diz Xavier. "Não só ela não foi incorporada como não se desenvolveu uma cultura de usar esses animais aqui."
O LMG foi pensado para reverter esse quadro, operando simultaneamente como centro de pesquisa e prestação de serviços, produzindo animais transgênicos customizados para pesquisadores de todo o País. Se um cientista precisa de um animal transgênico, ele faz a encomenda, fornece as especificações, o LMG produz o animal e manda para ele. Tal qual um escritório de engenharia executa um projeto para um arquiteto. Só que a engenharia, neste caso, é genética. E a arquitetura, biológica.
As duas primeiras encomendas - feitas por Lygia Pereira, da USP, e Francisco Laurindo, do Instituto do Coração (Incor) - começaram a ser produzidas neste mês. O serviço é gratuito para projetos de pesquisa pública.
Antes de abrir o balcão, porém, o LMG já produziu cerca de 50 linhagens de camundongos transgênicos, utilizando nove genes diferentes, para projetos de pesquisa internos do laboratório. Vários deles, voltados para pesquisas cardíacas, relacionadas ao desenvolvimento e ao funcionamento do coração - herança, em parte, dos 21 anos em que Xavier foi pesquisador do Incor.
Outras 15 linhagens foram importadas do Laboratório Jackson, por US$ 6,5 mil (cerca de US$ 230 por animal). O Estado presenciou a chegada das últimas quatro, no início do mês: oito camundongos em uma caixa de plástico com comida e água em forma de gel. São animais com um grau a mais de complexidade transgênica. Eles têm uma enzima no organismo que funciona como um interruptor molecular, que permite aos cientistas ligar ou desligar as modificações genéticas onde e quando desejarem. Por exemplo: só no tecido cardíaco ou só na fase adulta do animal.
A ideia é cruzar esses bichos com as linhagens customizadas do laboratório, combinando o interruptor já embutido nos pais com os genes que serão colocados no genoma dos filhos. "O bicho já vem com o interruptor, a gente só acrescenta a lâmpada", compara Xavier.
Engenharia genética
Para produzir os animais transgênicos, os cientistas injetam em seus embriões pedaços de DNA especialmente montados em laboratório (chamados "construções"), contendo o gene de interesse da pesquisa e uma série de outros códigos genéticos associados ao seu funcionamento.
Seja qual for o método aplicado, a ideia é que essa construção se integre ao genoma do embrião e passe a funcionar como se fosse parte original dele - algo como embutir um software genético no sistema operacional do bicho. Dependendo do que estiver escrito nesse software, ele pode executar uma série de funções, como inibir a ação de algum outro gene ou ordenar a superexpressão de uma proteína cuja função os cientistas desejam estudar. "O limite é a imaginação do pesquisador", diz Xavier.
Manipulações que não podem ser feitas em seres humanos. Mas que, pela semelhança genética entre homens e camundongos, podem dar contribuições diretas para o conhecimento da biologia humana e para a cura de doenças.
As ninhadas primogênitas das duas primeiras encomendas são esperadas para outubro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Maus-tratos a animais no anteprojeto do Código Penal




Jornal do BrasilCarlos Eduardo Rios do Amaral* 

Retirando da legislação extravagante, o anteprojeto do Código Penal traz consigo a tipificação para o crime de maus-tratos a animais, cravando-o em seu artigo 391 e parágrafos. Será considerada infração penal a conduta de praticar ato de abuso ou maus-tratos a animais domésticos, domesticados ou silvestres, nativos ou exóticos.
Observa-se que, além dos maus-tratos, também será punido o abuso praticado contra os animais. O abuso traduz-se como o mau uso, o uso excessivo, o desmando, o desregramento, usando-se ou consumindo-se de forma excessiva ou descomedida, errada ou inconveniente, a força animal. Serão tutelados os animais domésticos, domesticados ou silvestres, nativos ou exóticos. A Portaria nº 93/98 do Ibama, que normatiza a importação e a exportação de espécimes vivos, produtos e subprodutos da fauna silvestre brasileira e da fauna silvestre exótica, faz a distinção:
a) Fauna silvestre brasileira: são todos aqueles animais pertencentes às espécies nativas, migratórias e quaisquer outras, aquáticas ou terrestres, que tenham seu ciclo de vida ocorrendo dentro dos limites do território brasileiro ou águas jurisdicionais brasileiras;
b) Fauna silvestre exótica: são todos aqueles animais pertencentes às espécies ou subespécies cuja distribuição geográfica não inclui o território brasileiro e as espécies ou subespécies introduzidas pelo homem, inclusive domésticas em estado asselvajado ou alçado.  Também são consideradas exóticas as espécies ou subespécies que tenham sido introduzidas fora das fronteiras brasileiras e suas águas jurisdicionais e que tenham entrado em território brasileiro;
c) Fauna doméstica: todos aqueles animais que através de processos tradicionais e sistematizados de manejo e/ou melhoramento zootécnico tornaram-se domésticos, apresentando características biológicas e comportamentais em estreita dependência do homem, podendo apresentar fenótipo variável, diferente da espécie silvestre que os originou.
A pena para o crime de maus-tratos a animais será, surpreendentemente, de prisão de um a quatro anos. Diminuta, considerando sua necessidade de servir de desestímulo a este tipo de ação reprovável de crueldade contra os sempre indefesos animais, que traz abominação à sociedade. Quando existirem recursos alternativos, também será punida a realização de experiência dolorosa ou cruel em animais vivos, ainda que para fins didáticos ou científicos. Aqui o anteprojeto atende ao anseio e movimento de toda a comunidade e sociedade civil organizada que há anos denuncia o uso indevido de animais como cobaias em laboratórios e centros científicos de experiências. Existindo recurso alternativo, destarte, constituirá crime infligir dor ou submeter o animal a crueldade quando se tratar de cobaia. Em qualquer caso, a pena será aumentada de um sexto a um terço se ocorrer lesão grave permanente ou mutilação do animal. Se ocorrer a morte do animal, a pena deverá ser aumentada de metade.
Antes de encerrar, lembro uma parábola budista, que vem a calhar. Conta a história que numa aldeia na Índia Antiga havia uma pequena cabra e um sacerdote. O sacerdote queria sacrificar a cabra aos deuses. Ele ergueu o braço para cortar o pescoço da cabra quando, de repente, a cabra começou a rir. O sacerdote parou espantado e perguntou à cabra:
— Por que está rindo? Não sabe que estou prestes a cortar seu pescoço?
— Sei— disse a cabra. — Após ter morrido 499 vezes e renascido como cabra, vou finalmente renascer como ser humano.
Então, a pequena cabra começou a chorar. O sumo-sacerdote disse:
— Por que está chorando?
E a cabra respondeu:
— Por você, pobre sacerdote. 500 vidas atrás, eu também era um sumo-sacerdote e sacrificava cabras aos deuses.
O sacerdote ajoelhou-se dizendo:
— Suplico que me perdoe. De hoje em diante, serei o guardião e protetor de todas as cabras da região.
* Carlos Eduardo Rios do Amaral é defensor público do estado do Espírito Santo.

WWF dá nota negativa a vários países africanos por falta de proteção à fauna


Brasília - A caça furtiva de tigres, elefantes e rinocerontes e o tráfico destas espécies continua a ser uma prática comum em África e na Ásia, segundo um estudo do World Wide Fund (WWF) divulgado hoje.
O estudo do WWF, que acusa os governos dos países envolvidos de terem "fracassado"  na proteção das espécies, foi elaborado em conjunto com o TRAFFIC e foi apresentado na reunião sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Silvestres (CITIES) que decorre em Genebra, na Suíça.
O WWF estudou a situação de 23 países asiáticos e africanos e concluiu que o comércio ilegal destas três espécies animais "permanece em quase todos os países avaliados", mas diferencia aqueles que melhoraram a situação e os cujos esforços não tiveram consequência.
"Entre as piores atuações está o Vietnam", revela o estudo, salientando que o país asiático falhou no cumprimento e na aplicação legal da proteção dos tigres e rinocerontes e continua a ser o principal recetor do comércio ilegal de cornos de rinoceronte.
O estudo indica também que é tempo do Vietnam enfrentar a realidade de que o "consumo ilegal de corno de rinoceronte está a levar a aumento da caça furtiva em África" pelo que se considera que o país asiático deveria rever as penas, considerou a do programa global de espécies, Elisabeth McLellan.
Outro dos pontos preocupantes é a inadequada situação dos mercados de marfim da China e Tailândia onde são comercializadas muitas das presas de elefantes que são caçados em África.
Para o WWF, a China "falhou" na supervisão dos mercados de marfim e a Tailândia "não conseguiu suprir o vazio legal" em torno destas atividades.
A maior parte dos países de África incluídos no estudo receberam 'nota' negativa pelo seu trabalho na proteção da fauna, especialmente dos elefantes.
Zâmbia, Moçambique, Egipto, República Democrática do Congo, República Centro-Africana e Camarões obtiveram as avaliações mais negativas enquanto que o Quénia, Zimbabwe e África do Sul conseguiram alguns avanços na proteção das espécies.

Africa21digital

Moçambique entre os piores do mundo no combate ao tráfico de animais


Moçambique, a par do Vietname e do Laos, são  dos países que menos combatem o tráfico de animais, segundo um estudo que  envolveu 23 nações conduzido pelo Fundo Mundial para a Natureza (WWF na  sigla em inglês).  
O comércio de elefantes, rinocerontes selvagens e tigres, em países  asiáticos e africanos, incluindo Moçambique, está a ameaçar a sobrevivência  destas espécies de animais, refere o WWF.  
No estudo a divulgar nos próximos dias, a WWF considera que Moçambique  não conseguiu impedir o envolvimento dos seus cidadãos na caça ilegal de  rinocerontes na África do Sul e não está a conseguir controlar o comércio  do marfim, cujo mercado preferencial é a China. 
Uma pesquisa feita em 23 países indica que o abate destes animais está  a ser promovido por organizações criminosas internacionais, que operam na  maioria na Ásia e África. "No ano passado houve um número recorde de elefantes caçados em África",  afirmou a gerente de programa do WWF Global de Espécies, Wendy Elliott,  citada pela agência Reuters. 
O WWF defende a necessidade de os estados adotarem legislação que proíba  o comércio de peças de elefantes, rinocerontes e tigres. 
No último ano, houve grandes apreensões de marfim de elefante, mais  de 800 quilogramas, um sinal de que "há um crescente envolvimento do crime  organizado neste tipo de comércio", acrescentou Wendy Elliott. 
O estudo sobre a caça destes animais e venda de seus troféus consta  de um relatório que será apresentado esta semana em Genebra numa reunião  da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas (CITES).
A Convenção proíbe praticamente todo o comércio de marfim de elefante,  rinoceronte chifres e partes de tigre - muitas vezes utilizadas na medicina  tradicional - a fim de tentar salvá-los da extinção.  
Os animais também estão sob ameaça de outros fatores como a perda de  habitat, alterações climáticas e poluição, sublinha o WWF, exemplificando  que, na África do Sul 448 rinocerontes foram mortos só no ano passado. 
 
Lusa
sicnoticias

Perigo Animal


WWF destaca 3 países no comércio ilegal de partes de animais


Por Alister Doyle
OSLO, 23 Jul (Reuters) -

 Vietnã, Laos e Moçambique são os países que menos fazem para reprimir o comércio ilegal de partes de animais, que está ameaçando a sobrevivência dos elefantes, rinocerontes e tigres, alertou o grupo de defesa do meio ambiente WWF nesta segunda-feira.
Em seu relatório ''Wildlife Crime Scorecard'', a entidade disse que 23 países pesquisados, a maioria na África e na Ásia - as principais fontes e destino de partes de animais - poderiam fazer mais para impor o cumprimento das leis que proíbem um comércio que, segundo a WWF, está cada vez nas mãos de organizações criminosas internacionais.
''O ano passado teve o maior número de elefantes caçados na África na história'', disse Wendy Elliott, gerente de programas do WWF Global Species, à Reuters em entrevista por telefone sobre o relatório.
Houve muitas apreensões grandes de marfim de elefante de mais de 800 quilos, afirmou, acrescentando que isso é um sinal de que ''há um crescente envolvimento do crime organizado neste tipo de comércio''.
''Atuações fracas dos países-chave estão ameaçando a sobrevivência de rinocerontes selvagens, tigres e elefantes'', afirmou a WWF em um comunicado sobre as conclusões do relatório, que deve ser apresentado em uma reunião da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas, em Genebra (CITES), esta semana.
A CITES proíbe praticamente todo o comércio de marfim de elefante, chifre de rinoceronte e partes de tigres -- muitas vezes utilizados em remédios tradicionais -- a fim de tentar salvá-los da extinção. Os animais também estão sob ameaça de outros fatores, como a perda de habitat, alterações climáticas e poluição.
MELHORAS NA CHINA
O relatório, que usou notas vermelho, amarelo ou verde para indicar falha, falha parcial ou progresso, deu as piores notas para o Vietnã, Laos e Moçambique, com dois vermelhos cada.
Elliott disse que a demanda por chifre de rinoceronte no Vietnã tinha sido estimulada, em parte, por um boato infundado de que ajudava a curar o câncer.
''Um recorde de 448 rinocerontes sul-africanos foram mortos por causa de seus chifres em 2011 e o (Vietnã)... perdeu mais 262 já este ano'', acrescentou Elliot.
A WWF afirmou que Moçambique não conseguiu deter o envolvimento dos seus cidadãos na caça ilegal de rinocerontes na África do Sul e não havia controlado o comércio do marfim apesar de alguns postos de checagem nos portos.
Laos e Vietnã não tinham declarado como iriam cumprir a proibição da reprodução em cativeiro de tigres para fabricação de remédios, acrescentou. O Laos também fracassou em controlar o comércio de marfim.
A China, tradicionalmente um mercado importante para partes de animais, foi premiada com notas verdes por seus esforços para diminuir o comércio ilegal de rinocerontes e tigres, mas recebeu uma nota amarela para o seu trabalho no comércio de marfim de elefante.
Índia e Nepal foram as únicas nações que obtiveram notas verdes para todos os três animais.
(Reportagem de Eduardo Simões)